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Saturação da transferrina como possível marcador de recuperação hematológica após transplante de células-tronco hematopoiéticas

Alterações no perfil de ferro já foram descritas em pacientes submetidos à quimioterapia de altas doses com transplante de células precursoras hematopoiéticas (TCPH), e uma possível relação entre o metabolismo do ferro e a reconstituição hematopoiética pós-transplante, embora proposta, ainda carece de confirmação. Com o objetivo de avaliar as alterações do perfil de ferro e a sua correlação com a recuperação hematológica pós-TCPH, foram determinados a saturação da transferrina (ST), ferro e ferritina séricos em 21 pacientes submetidos a TCPH, antes do transplante e prospectivamente no dia 0, no dia +14 e no dia +180. Após a quimioterapia de altas doses, todos os parâmetros analisados se elevaram acentuadamente no dia 0 e permaneceram ainda alterados no dia +14; após 180 dias, observou-se uma tendência de retorno para valores próximos aos obtidos antes do transplante. No dia +14, os valores de ST apresentaram forte correlação inversa com a contagem absoluta de leucócitos (p<0,0001) e de reticulócitos (p<0,05), e uma correlação direta com o tempo de enxertia (p<0,0001). Nossos resultados demonstram que o perfil de ferro se altera de forma aguda e significativa após a quimioterapia de altas doses com TCPH e que tais alterações estão aparentemente correlacionadas com a atividade hematopoiética após o transplante.

Transplante de células precursoras hematopoiéticas; distúrbios do metabolismo do ferro; transferrina; eritropoiese


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