Resumo
O texto discute a presença das dimensões do idílio e da opressão nos debates sobre a relação educação e natureza. Busca suas origens na experiência europeia de colonização da América e problematiza sua permanência. Destaca a apropriação dessa contradição pela Pedagogia, numa longa duração histórica, seja na perspectiva idílica desenvolvida por Rousseau, com desdobramentos nos séculos seguintes, incluindo a escola nova; seja na perspectiva opressora, com a prescrição de trabalho no campo para educação de ‘crianças desvalidas’. Especificamente demonstra a permanência dessas abordagens, de cunho eurocêntrico, no debate educacional brasileiro em início do século XX e problematiza as consequências para a desigualdade na oferta escolar e o racismo.
Palavras-chave:
modernidade; colonialidade; civilização; barbárie