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Valimento, privança e favoritismo: aspectos da teoria e cultura política do Antigo Regime

Na cultura política do Antigo Regime, em que inexista a separação entre as esferas públicas e privadas, o papel das relações interpessoais era determinante em qualquer projeto ascensional. Numa sociedade regulada pela lógica do favorecimento pessoal, a amizade tornava-se elemento essencial. Nesse quadro emergem as personalidades marcantes dos 'validos' ou 'privados' que se atrelam umbilicalmente ao centro do poder, chegando em muitos casos a desfrutar da centralidade da graça régia, o que lhes permitiu atuar decisivamente como instância de poder decisório. O Cardeal Richelieu, o Duque de Olivares e o próprio Marquês de Pombal podem ser classificados como validos. Este artigo pretende discutir algumas dimensões desse traço pouco problematizado da vida política durante a Época Moderna.

Cultura política; Favoritismo; Patronagem


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