RESUMO
Este artigo examina a recepção do pensamento eugênico nos seguidores do movimento Neo-Zoroastriano, o Mazdaznan, principalmente na América do Norte e na Grã-Bretanha, no que diz respeito à “raça”, ao papel da mulher na eugenia e à relação entre meio ambiente e hereditariedade no pensamento eugênico. Toma como foco o trabalho do Dr. Otoman Zar-Adhust Ha’nish, fundador do movimento, e de alguns de seus seguidores, nas primeiras quatro décadas do século XX. O artigo argumenta que Mazdaznan, no que concerne à eugenia, tinha muito em comum com outros movimentos “radicais” ou de “reforma da vida” em voga na época. Também examina como o Mazdaznan se conecta com movimentos que favorecem a purificação e a exaltação da “raça branca” como expressão máxima da realização humana e espiritual. Finalmente, analisa o papel da mulher na produção desta “raça” “regenerada”, como parte do projeto eugênico.
Palavras-chave:
Mazdaznan; eugenia; reforma da vida; “raça”; mulheres