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Uso de gatilhos na fertilização in vitro e avaliação dos fatores de risco para taxa de maturação subótima

Resumo

Objetivo

Comparar a taxa de maturação oocitária no tratamento de fertilização in vitro (FIV) emrelação so o uso de gonadotrofina coriônica humana (hCG), agonista de hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), e gatilho duplo e avaliar os fatores de risco associados a taxas de maturação subótimas.

Métodos

Estudo de coorte retrospectivo com 856 mulheres submetidas à FIV. Elas foram classificadas em 3 grupos (1 - hCG, 2 - GnRH agonista, 3 - gatilho duplo). O desfecho primário foi a taxa de maturação por gatilho, e os desfechos secundários foram a taxa de gravidez por recuperação de oócitos e as correlações entre a baixa taxa de maturação bem como as características clínicas e do tratamento das mulheres.

Resultados

A taxa de maturação foi de 77% no grupo 1; 76% no grupo 2, e 83% no grupo 3 (p=0,003). O grupo 2 apresentou mulheres com melhor reserva ovariana, maior número de oócitos coletados, oócitosmaduros, e embriões, emcomparação aos demais grupos (p<0,001). A taxa cumulativa de gravidez clínica não foi diferente entre os grupos (p=0,755). Baixa reserva ovariana e baixas doses de hormônio folículoestimulante (FSH) administradas durante o estímulo foram associadas a uma maior chance de taxa de maturação nula.

Conclusão

As taxas de maturação oocitárias e os resultados de FIV foram semelhantes em todos os grupos. A baixa reserva ovariana está associada aos piores resultados do tratamento.

Palavras-chave:
gatilho duplo; agonista de GnRH; HCG fertilização in vitro; maturação oocitária

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