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Indicadores contábeis e de mercado têm poder preditivo de classificação de risco (rating) do bancos no Brasil?

Resumo

Objetivo:

A presente pesquisa buscou analisar se os indicadores de mercado, de forma complementar aos indicadores contábeis, têm capacidade de antecipar alterações (downgrades ou upgrades) nas avaliações de classificação de risco (rating) dos bancos no Brasil.

Metodologia:

Regressões lineares em modelos probit, a partir de uma amostra coletada das bases de dados Economática e Standard & Poor’s/Fitch, entre os anos de 2010 e 2014.

Resultados:

Os indicadores de mercado Risco Soberano e Crescimento do PIB, quando associados aos indicadores contábeis ligados à Qualidade de Ativos, Liquidez, Risco, Capital e Rentabilidade, têm poder preditivo para alterações da classificação de risco dos bancos no Brasil. Em janelas anteriores à alteração do Rating dos bancos, o mercado não precificou as alterações de rating. Tais evidências sugerem que o risco soberano e fatores econômico-sistêmicos podem ser utilizados como sinalizadores de risco em mercados voláteis e de grande incerteza.

Contribuições:

Diferentemente do que ocorre nos países desenvolvidos, o mercado acionário brasileiro, jovem e pouco representativo da economia, não foi capaz de antecipar alterações no rating dos bancos. A pesquisa antecipa informações aos investidores que auxiliam na decisão de comprar, de manter ou de vender títulos, além de sinalizar que o sistema financeiro está mais suscetível a choques macroeconômicos em economias instáveis.

Palavras-chave:
Classificação de risco; Indicadores Contábeis; Indicadores de Mercado; Setor Bancário

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