Resumo
Objetivo:
estimar a prevalência de multimorbidade por doenças crônicas não transmissíveis em idosos residentes no Nordeste brasileiro e analisar sua associação com fatores sociodemográficos, comportamentais e antropométricos.
Método:
estudo transversal, com 3.141 idosos, participantes da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. A variável dependente foi multimorbidade e as variáveis independentes foram indicadores sociodemográficos, comportamentais e antropométricos. Realizaram-se análises descritivas, bivariadas e modelos de regressão logística.
Resultados:
A prevalência de multimorbidade foi 23,7%, sendo o estado de Alagoas o que apresentou maior prevalência desse desfecho (27,2%). Associaram-se à ocorrência de multimorbidade: sexo feminino (OR=1,33; p=0,002), idade superior a 80 anos (OR=1,35; p=0,019) e excesso de peso (sobrepeso ou obesidade) (OR=1,37 p=0,001). Foram identificados como fatores de proteção a cor parda (OR=0,79; p=0,013) e o baixo peso (OR=0,71; p=0,017).
Conclusão:
A prevalência de multimorbidade em idosos que vivem em comunidade, na região Nordeste do Brasil, foi de quase um quarto da população do estudo, destacando-se o estado de Alagoas com maior prevalência. O sexo, a faixa etária, a cor de pele e o excesso de peso se associaram ao desfecho. O conhecimento desses fatores pode nortear o cuidado em saúde quanto à prevenção, controle e redução de complicações dessas doenças e agravos, além de sugerir o fortalecimento de estratégias e políticas de educação em saúde.
Palavras-chave:
Envelhecimento; Doença Crônica; Multimorbidade