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Efeito de extratos de plantas da Floresta Atlântica Brasileira sobre a atividade da Pdr5p ATPase

No presente estudo, testamos o efeito de 27 extratos e frações de plantas de diferentes famílias botânicas sobre a atividade da proteína Pdr5p de membranas plasmáticas de leveduras, responsável pelo fenótipo de resistência a múltiplas drogas em leveduras. Alguns dos extratos foram capazes de produzir uma boa inibição na concentração fixa de 200 µg/mL e foram selecionados para uma investigação mais aprofundada. Curvas de dose-resposta foram obtidas para os extratos brutos etanólicos de Bathysa australis (A. St.-Hill.) Benth. & Hook f., Mabea fistulifera Mart. e Virola oleifera (Schott) A. C. Sm., com concentrações até 400 µg/mL. O menor valor de IC50 foi obtido para Virola oleifera, 22,8 µg/mL, seguido por Bathysa australis, 35,3 µg/mL e Mabea fistulifera, 42,5 µg/mL. Após o fracionamento dos extratos brutos por partição líquido-líquido com diferentes solventes orgânicos, cada fração foi novamente testada, sendo que apenas algumas das frações mantiveram a habilidade de inibir a atividade enzimática. Quando analisadas por HPLC/DAD, as frações ativas demonstraram a presença de derivados de flavonóides, que já demonstraram ter a habilidade de inibir a atividade ATPasica da Pdr5p, assim como outras classes de metabólitos secundários, tais como lignanas e alcalóides.

Resistência a múltiplas drogas; levedura; Pdr5p; extratos de plantas; Mata Atlântica


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