Resumo
O adequado manejo nutricional de qualquer espécie vegetal requer quantificar os nutrientes acumulados na planta e conhecer sua alocação nos diferentes órgãos. O trabalho teve como objetivo avaliar a partição, o conteúdo, a exportação de macronutrientes e a eficiência nutricional de plantas de bananeira-Prata fertirrigadas. Realizou-se um levantamento histórico de produtividade anual de frutos em 66 talhões de bananeira-Prata, selecionando-se quatro que atendessem às classes de produtividade anual (< 30,0; 30,0 = 37,5; 37,5 = 45,0 e > 45,0 t ha-1). Utilizando-se da massa de matéria seca dos diferentes órgãos da planta-mãe e da planta-filha, bem como dos respectivos teores de macronutrientes, estimaramu-se o conteúdo, a partição, a exportação, a sequência de acúmulo dos macronutrientes e a eficiência nutricional por meio do coeficiente de utilização biológica (CUB). A partição do conteúdo de macronutrientes variou com a classe de produtividade e o órgão da planta. A distribuição média de nutrientes na planta-mãe e na planta-filha apresentou amplitudes de 67,5 a 82,8 % e de 17,2 a 32,5 %, respectivamente. As exportações de macronutrientes por tonelada de cacho foram 4,334; 1,660; 0,361; 0,224; 0,148 e 0,119 kg t-1 para K, N, P, Mg, S e Ca, respectivamente. A bananeira possui padrão de partição de nutrientes para diferentes rendimentos, ou seja, o trabalho traz evidências de que existe uma “compartimentalização ideal” que promove maiores produtividades; entretanto, há necessidade de mais pesquisas para suportar essa afirmação. Os nutrientes mais exportados por tonelada de cacho foram K e N. A ordem decrescente de acúmulo foi: K > N > Ca Mg > P > S. Observou-se que os CUBs de N e P foram menos sensíveis às variações de produtividade, enquanto Ca e Mg foram os mais sensíveis.
Termos para indexação
Musa spp.; redistribuição; eficiência de utilização
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