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Desigualdades associadas à não realização de mamografia na zona urbana de Teresina-Piauí-Brasil, 2010-2011

FUNDAMENTOS: Estudos demonstram que a realização da mamografia em programas de rastreamento diminui a mortalidade do câncer de mama. Entretanto, há indícios de grande desigualdade no acesso à realização deste exame no Brasil. OBJETIVOS: Analisar o percentual de mulheres que não realizaram mamografia segundo variáveis socioeconômicas e demográficas em mulheres de 40 a 69 anos de Teresina-PI. MÉTODOS: Estudo transversal realizado em 2010/2011, com amostragem multifásica em cinco etapas, realizando-se entrevista face a face com cada mulher sorteada. Processou-se os dados com programa SPSS 19.0, realizando-se análise uni e multivariada. RESULTADOS: Dentre as 433 mulheres que responderam o questionário, a taxa de realização de mamografia foi de 75,3%,sendo que, destas, 17,2% a haviam realizado há mais de dois anos. A não realização de mamografia esteve relacionada com raça parda/negra (p = 0,030), ausência de companheiro (p = 0,041), menor grau de instrução (p = 0,010), menor renda (p < 0,001), tabagismo (p = 0,006), não possuir plano ou seguro de saúde (p < 0,001). O Sistema Único de Saúde (SUS) foi responsável por realizar 56,3% das mamografias. CONCLUSÃO: 24,7% das mulheres teresinenses nunca haviam realizado mamografia e 37,9% não a haviam realizado nos últimos dois anos. A não realização deste exame foi associada à existência de desigualdades racial e socioeconômica.

Neoplasias da mama; Prevenção de câncer de mama; Programas de rastreamento; Mamografia; Desigualdades em saúde; Iniquidade social


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