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Estado nutricional de crianças em amamentação exclusiva prolongada no Estado de Pernambuco

RESUMO:

Introdução:

O aleitamento materno exclusivo (AME), após o sexto mês de vida, como fonte alimentar única não é recomendado. Acredita-se que não é possível suprir às necessidades calórico proteicas, de ferro e vitaminas sem a devida complementação alimentar.

Objetivo:

Comparar a situação nutricional de crianças com AME por mais de seis mesesversuscrianças com outras práticas de amamentação.

Método:

Estudo transversal/exploratório com685 crianças (39 em AME > 6meses e 646com outras práticas de amamentação). Situações de déficit antropométrico foram consideradas por valores < - 2 no escore Z, anemia avaliada por hemoglobina (Hb) < 11 g/dL e níveis deficientes/baixos de vitamina A por retinol sérico < 1,05 µmol/L.

Resultados:

Nãoocorreram déficitsnas relações de peso/altura, peso/idade e índice de massa corporal (IMC) no grupo de crianças em AME > 6meses, enquanto no grupo de comparação esse índice foi de aproximadamente 0,5%. O déficit na relação altura/idade foi de aproximadamente 2,6% nos dois grupos. Na relação peso/altura e no IMC, os resultados variaram de 28,7 a 31,9% para excesso de peso no grupo de comparação. As médias de Hb, retinol sérico, peso e altura foram similares nos grupos.

Discussão:

A baixa prevalência (≤ 0,6%) de desnutrição energético proteica (DEP) nos dois grupos representa um achado, surpreendentemente, abaixo dos valores encontrados em população de referência de normalidade internacional, padrão da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Conclusão:

As crianças que se mantiveram em AME após seis meses apresentaram situação nutricional equivalente àquelas com outras práticas de amamentação.

Palavras-chave:
materno; Leite materno; Saúde materno-infantil; Nutrição infantil

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