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Phlebotominae (Diptera, Psychodidae) na Província Espeleológica do Vale do Ribeira - 1. Parque Estadual Intervales (PEI), estado de São Paulo, Brasil

A identificação da fauna flebotomínea e de alguns aspectos ecológicos de suas populações em áreas freqüentadas por turistas no PEI, situado em reserva de mata Atlântica, constituem-se nos objetivos deste estudo. As capturas foram mensais de janeiro/2001 a dezembro/2002, com armadilhas automáticas luminosas em 13 ecótopos, incluindo cavernas, matas e peridomicílio e aspiração em tocas de tatus. Sem intervalos regulares, foram realizadas capturas com armadilhas de Shannon na mata e ambientes antrópicos, aspiração em paredes de cavernas e entre raízes e folhedo e em membros da equipe quando picados por flebotomíneos. No total foram capturados 891 flebotomíneos pertencentes a 21 espécies. Com as armadilhas automáticas luminosas capturou-se 19 espécies e 600 espécimes, 215 em ambiente antrópico (2,24 insetos/armadilha) e 385 em ambiente natural (1,46 insetos/armadilha). Brumptomyia troglodytes foi a mais abundante, com o índice de abundância das espécies padronizado = 0,705. Pintomyia monticola predominou nas armadilhas de Shannon, mostrando-se antropofílica e com atividade hematofágica diurna e noturna. Psathyromyia pascalei predominou nas aspirações, com a maioria dos espécimes aspirados de tocas de tatu. Das 11 espécies capturadas em cavernas, embora algumas possam ser consideradas troglófilas, a maioria usa este ecótopo como local de abrigo. Nyssomyia intermedia, Nyssomyia neivai e Migonemyia migonei, implicados na transmissão da leishmaniose tegumentar na Região Sudeste do Brasil foram capturados, todavia em tão baixa densidade que sugere risco mínimo da doença no PEI.

Floresta Atlântica; caverna; leishmaniose; vetores


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