"Fagundes-Pereyra et al. (2000)" |
54 (90%) têm interesse por pesquisa científica, consideram-na importante para a formação e gostariam de realizar trabalhos científicos; 19 (32%) participaram de algum tipo de trabalho; 4 (7%) possuíam alguma publicação. Em relação ao conjunto de respostas sobre os principais problemas para realizar pesquisa foram salientados (os participantes puderam selecionar mais de uma opção): falta de orientação 30 (24,4%); falta de estímulo institucional 28 (22,8%); falta de financiamento 12 (10,6%), falta de tempo 15 (12,2%) e a falta de estrutura física adequada 18 (14,6%). As áreas de preferência para realização foram: 26 (43,3%) em Clínica Médica, 9 (15%) em Cirurgia, 7 (11,6%) em Fisiologia, 5 (8,3%) em Medicina Social e 13 (21,6%) não tinham preferência por uma área específica. |
"Cardoso et al. (2007)" |
Os departamentos da faculdade com maior participação docente foram os de ciência básica e medicina clínica, enquanto os de menor foram os epidemiológicos, cirúrgicos e complementares. Dos docentes, 68 (50%) eram doutores e 44 (32%) eram mestres, sendo que a titulação dos docentes não parece ser um impeditivo para a pesquisa. |
"Crasto et al. (2007)" |
O grupo que não cursou a disciplina de IC apresentava uma renda familiar mensal superior à dos que cursaram IC (p=0,02) e apresentava maior aprovação em concursos públicos (p=0,0098). Os grupos foram semelhantes em apresentação ou publicação de trabalhos científicos, provavelmente por haver um trabalho de conclusão de curso (TCC) obrigatório na UFF. |
"Crasto et al. (2007)" |
Os estudantes do 2° semestre tiveram um número de acertos significativamente maior que os do internato nas duas questões referentes à busca de artigos na Internet: conhecimento sobre uso de operadores booleanos (p=0,0006) e sites confiáveis (p=0,00112). E, também, nas duas questões sobre ética na pesquisa: termo de consentimento livre e esclarecido (p=0,0087) e sobre os órgãos controladores das pesquisas (p=0,0196). Os estudantes do 7° semestre tiveram um número de acertos significativamente menor que os do internato quanto à quatro questões: duas sobre itens da elaboração do protocolo de pesquisa (p=0,0346; p=0,0011) e duas sobre ética (p=0,0253 e p=0,001). Os estudantes do 2° semestre diferem significativamente daqueles do 7° semestre por apresentarem maior número de acertos quanto a três questões: as duas de busca de artigos na internet (p=0,0006, p=0,0026) e uma sobre teste diagnóstico (p=0,0087). |
"Oliveira et al. (2008)" |
Das 6 faculdades, 2 tinham programas de IC estruturados, com as faculdades públicas tendo maior participação dos alunos. 93% têm interesse em pesquisa, 84% defendem a obrigatoriedade da IC na graduação, 37% participaram de forma optativa e 19% de forma obrigatória, 12% participaram em atividades fora da instituição e 28% não participaram. A falta de estímulo institucional foi a principal causa para não fazer IC (38,4%). |
"Filho et al. (2010)" |
A participação nos programas de IC aumentou ao longo da graduação (30,8% de M4 e 6,9% de M1; p < 0,005). Houve melhora sobre o conhecimento da estrutura básica de um trabalho científico ao longo da graduação (46,2% de M4 e 22,4% de M1; p = 0,01). A confiança para interpretar artigos científicos aumentou ao longo da graduação (78,8% de M4 e 17,2% de M1 responderam "sim"; p < 0,0001). A confiança para escrever um artigo científico aumentou ao longo da graduação (84,6% de M4 e 46,6% de M1 responderam “sim, com ajuda”; p < 0,0001). |
"Oliveira et al. (2011)" |
5 das 13 escolas investigadas apresentavam programas estruturados de formação científica. 7% não expressaram interesse em pesquisa, 60% estavam envolvidos em treinamento para pesquisa, 326 (33,3%) consideraram a falta de incentivo institucional como a barreira mais significativa (MP = 3,51). Outras barreiras significativas incluíram infraestrutura deficiente (MP = 3,25), tempo insuficiente para os professores orientarem os alunos de graduação (MP = 3,12), disponibilidade de pessoal com habilidades apropriadas (MP = 2,64) e interesse dos alunos (MP = 2,51). 47% dos alunos participaram de programas de treinamento científico em seus campi e 13% dos alunos foram obrigados a realizar tais atividades fora do campus. Nas escolas privadas de medicina, 40% dos alunos de graduação participavam de programas de treinamento em pesquisa (18% como disciplina opcional e 22% como obrigatória) e 45% não participavam de nenhuma atividade científica. Nas escolas públicas de medicina, 49% dos alunos eram envolvidos com pesquisa (35% como disciplina optativa e 14% como obrigatória) e 34% não participavam de nenhuma atividade científica. |
"Oliveira et al. (2014)" |
196 (47,2 %) estavam envolvidos em atividades de pesquisa e 219 (52,8 %) não realizavam pesquisa. Dentre os estudantes que realizaram UR, o primeiro projeto foi durante o segundo ano do curso para 79 (40,3 %), seguido pelo terceiro ano 71 (36,2%), quarto ano 26 (13,3 %), primeiro ano 14 (7,1%), 4 (2,0 %) no quinto ano e 2 (0,6 %) no sexto ano. 88,7% recomendariam tais atividades, considerando que a UR produz efeitos mais positivos a partir do segundo ou terceiro ano. As motivações para participar da UR foram: enriquecimento curricular (32,1%), necessidade de bolsa (19,9%) ou aumentar conhecimento em determinada área (17,3%). Os obstáculos para realizar pesquisa foram: disponibilidade de tempo (50,2%), problemas de colaboração do supervisor (14,2%) e falta de financiamento para pesquisa (0,9%). As motivações para escolha do orientador foram: disponibilidade para desenvolver o projeto (32,1%), motivação do professor (16,8%), didática nas aulas (11,7%) e combinação desses fatores (5,1%). Sobre o envolvimento do supervisor na organização de reuniões do grupo para discutir projetos e metodologias de pesquisa e promover a integração da equipe de pesquisa, 49,0% relataram que os encontros foram organizados (41,9% consideraram úteis e necessários para o início das atividades e 7,1% afirmaram que não eram muito objetivos) e, dos que não participaram, 84,3% considerou a proposta interessante. 63,8% perceberam contribuições positivas e 33,2% não consideram haver alguma contribuição específica. 91,8% tiveram aumento do interesse pelo assunto investigado, 33,2% reconhecendo sua importância e 59,2% relatando uma melhor compreensão do assunto. 65,3% tinham como expectativa a publicação / apresentação em congressos, 10,2% almejavam aprendizado da metodologia científica e 10,2% compreensão do assunto. 28,0% afirmaram ter interesse na carreira universitária. Dos projetos concluídos, 67,9% foram apresentados eventos científicos, 42,3% tinham boa chance de publicação em periódico indexado, 25,6% tinham probabilidade de publicação improvável e 16,7% alcançaram a apresentação em congresso mais publicação. Dentre os estudantes não envolvidos na UR, 199 (91,1%) afirmaram ser favoráveis à sua inclusão no currículo para facilitar o desenvolvimento dessa atividade, 164 (74,9%) indicaram que deveria ser eletiva e 7,2% alegaram que uma disciplina específica não facilitaria a UR, mas sim que a pesquisa deveria ser espontânea e não obrigatória. As dificuldades na implementação de um projeto de UR foram a disponibilidade de tempo (67,7%), encontrar um professor disposto a orientar e desenvolver a pesquisa (21,2%) e, também, a falta de informação e divulgação para 180 (82,2%) da UR dentro da instituição, principalmente nos dois primeiros anos. |
"Moraes et al. (2016)" |
227 (81,7%) fizeram ou planejam fazer pesquisa durante a graduação, sendo que o interesse em pesquisa foi homogêneo entre os anos do curso. 169 (60,8%) planejam continuar trabalhando com pesquisa após a graduação. 163 (58,6%) pretende ter uma carreira acadêmica. 13 (4,7%) acreditam que pesquisa é o fator mais importante da formação médica. 29 (10,4%) relataram ter pesquisas publicadas em periódicos. |
"Soares et al. (2017)" |
96 (53,3%) participaram de atividades científicas, sendo 23 (12,7%) do ciclo básico, 33 (18,3%) do clínico e 40 (22,2%) do internato. 48 (26,7%) realizaram pesquisas em bases de dados, 48 (26,7%) pesquisas clínicas com pacientes, 24 (13,3%) pesquisa experimental e 15 (8,3%) pesquisas com amostras biológicas, sendo que as pesquisas em bases de dados e clínicas foram mais frequentes no internato e as com amostras biológicas no ciclo clínico. Cerca de 40% dos estudantes apresentaram pôsteres em eventos científicos, enquanto por volta de 15% deles apresentaram de forma oral e 15% publicaram seus resultados em periódicos científicos. |
"Calasans (2018)" |
Os estudantes que realizaram IC durante o curso têm uma frequência 7,5 vezes maior de interesse em inserção nas atividades de Mestrado e Doutorado em relação aos que não fizeram IC (p=0,039). |
"Figueiredo et al. (2018)" |
As barreiras consideradas mais importantes foram: falta de estrutura (73,33%), de tempo (70%), de orientação (67,78%), o foco nas atividades curriculares (54,44%) e a falta de familiaridade com estatística (50%). |
Legenda |
IC: Iniciação Científica | UR: pesquisa na graduação |