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A liberdade de (se) narrar no ensino da semiologia médica

The freedom to (self) narrate in teaching medical semiology

Resumo:

Introdução:

Ao escrever sobre o ensino de semiologia, escrevo sobre histórias, imagens, signos e símbolos; sobre percepções, interpretações, encontros e desencontros. É a história do outro que se entrelaça com a minha, pois, ao ouvir, ver e examinar um paciente, vou além do que é aprendido nos livros de medicina. Neste artigo, falo de uma insurreição contra essa ditadura técnico-cognitiva no ensino da semiologia.

Desenvolvimento:

A anamnese médica é o relato da história do paciente, além de conter a descrição do exame físico realizado. Basicamente, é o resumo do encontro clínico, que vai guiar o caminho do médico na sua formulação diagnóstica e no planejamento dos cuidados necessários para cada paciente, e é ensinada de forma metódica e rígida, sem considerar a “história” da pessoa que conta, e sim a doença que ela tem. A abordagem deste trabalho é qualitativa, e adotou-se o método da cartografia, que se associa bem com a fenomenologia e permite acompanhar o meu percurso nesta narrativa. É o meu percurso como professora de semiologia médica que trago neste artigo, como material de estudo. Vou dividir essa trajetória da docência em três momentos (“O começo”, “O ‘divisor de águas’” e “Redescoberta”).

Conclusão:

A inserção das humanidades e das narrativas no curso de Medicina traz uma reflexão fundamental e necessária sobre o fazer médico e o próprio ensino na saúde. Usar o método da cartografia e as reflexões surgidas nesse caminhar pode contribuir para uma formação docente mais humanizada, com uma visão mais ampla da saúde e do ensino na saúde.

Palavras-chave:
Educação Médica; Medicina Narrativa; Anamnese; Ensino

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