Beatriz – Fonoaudióloga do Programa de Equoterapia |
[...] lá na equoterapia, a gente tem muitos estímulos, e vira e mexe a gente tinha trator por lá, e quando o trator passava, eu percebia que ele percebia a presença de som. Então, talvez, se a gente conseguisse explorar alguns sons mais intensos, talvez a gente conseguisse resgatar um pouquinho algum resíduo auditivo naquela época [...].
[...] em várias sessões, eu percebia que, quando tinha caminhão, que às vezes o caminhão passava bem, bem perto, bem alto, ou o trator, eu sentia que ele mudava um pouco o comportamento [...].
[...] não procurava o som, lógico, mas, se ele estava em algum momento no cavalo, ele mudava, então eu sentia que ele tinha percebido o som, que poderia ser só o peso, porque mexia o chão também, o trator ou o caminhão, então, poderia ser só pela vibração do chão, como poderia ser do próprio som [...].
[...] essa questão do trator, do caminhão, eu percebi que a perda auditiva não era total, não sei se era em uma orelha, se era nas duas. A gente percebeu isso, em vários momentos quando ele estava mais calminho que dava para fazer algum tipo de trabalho. Então, eu acredito realmente que a perda auditiva não seja profunda nos dois ouvidos, algum deve ter um pouco [...].
[...] a gente foi fazendo dessa forma, trabalhamos também um pouco a alimentação com o animal, também foi um trabalho bem legal de comunicação, que o feno do cavalo é uma coisa legal, então, a gente deixava ele cheirar, ele tocar, ele passava a mão, dava para o cavalo comer cenoura, maçã. A gente trabalhava a questão dos cheiros dos alimentos, uma nomeação assim, mais por objeto concreto, era isso, tudo bem vinculado ao contexto do animal, que é a proposta da equoterapia.
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Utilização de possíveis resíduos auditivos.
Utilização simultânea dos sentidos olfativo e tátil.
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Cláudia – Professora do AEE |
[...] ela (monitora) faz as letras do nome em alfabeto dactilológico na mão dele, posiciona os dedos dele [...].
[...] na locomoção, indicamos os trajetos, virar para esquerda ou para direita, com toques no ombro.
O sinal de maçã é distante do corpo, então, nós fizemos uma adaptação para ele. Nós realizamos o sinal bem próximo à sua boca. E a gente colocou cheiros nas duas frutas que ele mais usa, que é banana e a maçã.
As atividades para ele são pensadas mais relacionadas com o tato, o sentido olfativo e gustativo [...] utilizamos muita textura diferente nas atividades dele, misturando a textura e o olfato.
Em uma experiência com a sala toda sobre os cinco sentidos, utilizamos garrafas com cheiros diferentes [...].
[...] só que, ao invés de fazer o sinal de recreio ou intervalo, é dado um toquinho na barriga para ele saber que ele vai comer [...].
[...] se é, por exemplo, arroz, feijão e carne, ele vai tocar o arroz não cozido, depois ele vai sentir a diferença do arroz cozido, tanto no tato quanto no paladar [...] e faz o sinal coativo também, para o feijão a mesma coisa, para a carne a gente tentou aproximar com outros materiais e sempre associamos com o sabor.
[...] ele tem que procurar os objetos de higiene no avental, fazer todo o processo, a monitora vai fazendo os sinais e ajudando pegando o objeto [...].
[...] fazemos juntos o sinal de casa na hora de ir embora [...].
[...] queremos que ele se locomova pela sala e ele vai andando, reconhecendo os amigos pelo toque, pelo cheiro [...].
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Introdução de aspectos da Língua de Sinais com o alfabeto dactilológico.
Utilização dos sentidos proprioceptivo e tátil.
Introdução de aspectos da Língua de Sinais com adaptação de sinais isolados associada ao sentido olfativo.
Utilização dos sentidos olfativo e tátil.
Utilização do sentido olfativo de maneira isolada.
Utilização dos sentidos tátil, olfativo e gustativo de maneira associada.
Utilização de aspectos da Língua de Sinais por meio de sinais coativos.
Utilização dos sentidos tátil e olfativo para reconhecimento de pessoas.
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Michele – Professora de classe comum |
Quando a gente vai fazer o cardápio tátil, ele toca no prato, toca no talher, exploramos tanto o paladar quanto o aroma.
No cardápio e em atividades que vai usar essência ou até mesmo som, ele corresponde, se a gente está com um chocalho bem próximo ele vira, ele sorri [...].
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Utilização dos sentidos tátil, olfativo e gustativo de maneira associada.
Utilização de possíveis resíduos auditivos.
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Heloá – Professora de Educação Física |
[...] fui orientada que, quando quisesse que se sentasse, toque na perna, ele vai sentar, tocar no braço para ele virar para o lado direito, braço esquerdo [...].
[...] encostar o braço para ele perceber que tem que caminhar do meu lado, para mostrar o movimento, tocando o corpo, meu corpo no dele, encostando bem meu corpo no dele para fazer a marcha mais certinha, porque ele marcha com os pés virados para o lado de fora, a gente quer alinhar isso, então, eu encosto bem meu joelho nas pernas dele, então a gente vai marchando junto [...].
[...] se eu vou trabalhar basquete, vou jogar a bola de basquete para ele, vou rodar a bola de basquete no corpo dele, do lado para o outro, passo uma mão, então a bola, vou trabalhar vôlei, vou trabalhar com ele a bola de vôlei, é assim que eu faço com ele.
Mostro o movimento antes, de perna, tocando, que tem que abaixar, que tem que levantar. Ele tocando na minha perna e depois eu tocando na perna dele [...] na cama elástica, no começo, pulávamos juntos, agora, eu seguro pelo lado de fora, só dou a mão e ele ajuda com o movimento.
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Utilização dos sentidos proprioceptivo e tátil.
Utilização do sentido cinestésico.
Utilização dos sentidos proprioceptivo e cinestésico.
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Henrique – Professor de Arte |
Por exemplo, em relação a sentar, dar um toque nas pernas, para levantar também [...].
Sobre o trabalho com as cores, a turma toda estava explorando e pintando com as cores quentes e frias, para ele, fizemos adaptações com essências, para associar a cor com diferentes essências. Nas cores frias, era um cheiro mais ameno, mais tranquilo; nas cores quentes, era um cheiro mais forte. Ele gosta, foi assim, bem bacana, que ele gostou de sentir os diferentes cheiros. Teve um que ele acabou, eu não lembro qual, mas que ele segurou, ficou um tempinho com ele nas mãos.
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Utilização dos sentidos proprioceptivo e tátil.
Utilização do sentido olfativo.
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Giovana – Monitora |
[...] eu pego na mão dele, chego aqui no portão, eu coloco a mochila nas costas com ele e já faço o sinal de estudar.
“Ele entra, eu toco no ombro dele aqui (aponta para o seu ombro), e aí ele já tira a mochila, tem dia que eu consigo... que ele fica com a mochila ali na mão, mas tem dia que ele solta.
Descemos para o refeitório para comer uma maçã, por exemplo, então, a gente faz o sinal de maçã ali na sala, mostra a rotina, apresenta a rotina ali toda para ele, pego a maçã e vai para o refeitório comer a maçã. Ele se senta ali no refeitório, eu apresento a maçã de novo para ele, a maçã inteira, faço ele manusear a maçã, rodo, mostro que tem o cabinho embaixo, tem o negocinho em cima, embaixo, o cabinho em cima, cheira [...].
Me comunico com ele com toques no ombro, na perna, e ficar às vezes por detrás, quando quero fazer algum movimento com ele, por exemplo, para ele agachar, eu vou deitando meu corpo com ele, agachando com ele.
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Utilização de aspectos da Língua de Sinais por meio de sinais coativos.
Utilização dos sentidos proprioceptivo e tátil.
Utilização dos sentidos proprioceptivo e cinestésico.
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