Produção de alface crespa utilizando água residuária da mandioca como fonte de potássio

RESUMO

Água residuária de mandioca (ARM) é um biofertilizante natural que foi testado com sucesso como fonte de K para culturas de ciclo longo; entretanto, ainda precisa ser melhor avaliado em culturas de ciclo curto. Este estudo teve como objetivo avaliar a utilização do ARM como fonte de K no crescimento, produção e qualidade físico-química da alface crespa. O estudo foi realizado em casa de vegetação, em delineamento de blocos casualizados, em esquema fatorial 5 × 2 + 1, com quatro replicações. Foram avaliadas cinco doses de ARM como fonte exclusiva de K: 0, 60, 120, 180 e 240 kg ha^-1 de K₂O; duas formas de aplicação: 1-dose total no plantio: 2-aplicação de 50% da dose no plantio + 50% em cobertura, e um tratamento adicional: adubação 100% mineral com dose de 120 kg ha^-1 de K₂O, utilizando KCl como fonte. O número de folhas (NF), altura da planta (AP), massa fresca (MF), massa seca (MS), umidade (UM), conteúdos de cinzas (CZ), fibras (FB), lipídios (LIP), proteínas (PTN) e carboidratos (CHO) foram avaliados. Todos os atributos agronômicos da alface avaliados apresentaram valores inferiores quando adubada apenas com ARM comparado à adubação mineral. A alface adubada apenas com ARM, dependendo da aplicação total ou parcelamento e da dose, apresentou maiores teores de CZ, FB, LIP, PTN e CHO atingindo 4,05, 3,97, 1,75, 7,11 e 3,63%, respectivamente, em comparação à adubação mineral. A água residuária de mandioca pode potencialmente ser utilizado como fonte complementar de K na produção de alface, pois seu uso único não substitui a adubação mineral.

Palavras-chave:
Lactuca sativa L.; Manihot esculenta Crantz; biofertilizante; sustentabilidade