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Manejo pré-abate no Nordeste do Brasil e efeitos nos indicadores termofisiológicos dos suínos e pH45

RESUMO

Práticas inadequadas de manejo antes do abate podem comprometer o bem-estar animal e a qualidade da carne suína. Este estudo visou avaliar os efeitos do período de transporte (TT), período de descarga (TD), e período de pré-abate (TE) nos indicadores termofisiológicos animais e no pH da carne suína, utilizando uma abordagem multivariada. Este estudo foi realizado num matadouro localizado em Aquiraz, Ceará, Brasil. Um total de 60 suínos mestiços com 107 ± 5 kg de peso corporal foram distribuídos em três grupos experimentais: grupo A (TT = 180 min, TD ≤ 10 min, e TE = 24 horas), grupo B (TT = 60 min, TD ≤ 15 min, e TE = 18 horas), e grupo C (TT = 45 min, TD ≤ 5 min, e TE = 24 horas). A análise discriminante canônica foi implementada e as diferenças entre tratamentos são representadas graficamente. Os dois primeiros componentes foram responsáveis por 97% dos tratamentos. A análise discriminante mostrou que o grupo C apresentou diferenças multivariadas em relação aos outros, particularmente com temperatura retal elevada antes do abate (38,4 ± 0,23 °C) e frequência respiratória (131 ± 7,0 respirações min-1) e temperatura retal (39,7 ± 0,18 °C) à chegada ao matadouro. O período de transporte (TT), período de descarga (TD) e o stress térmico das instalações influenciaram variáveis fisiológicas, tais como a temperatura retal e a frequência respiratória. Além disso, as variáveis de estresse fisiológico também favoreceram cortes com pH básico, resultando em perda de qualidade.

Palavras-chave:
indústria suína; qualidade da carne suína; transporte animal

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