RESUMO
Com base em séries históricas, para cada localidade, equações podem caracterizar a relação entre a intensidade, duração e frequência de ocorrência de precipitação pluvial. Objetivou-se apresentar duas equações para a localidade de Pelotas, RS, no período de 1982-2015, uma denominada convencional e outra híbrida, dependendo do modelo probabilístico utilizado. Na metodologia convencional foram ajustados os parâmetros das distribuições de probabilidade Normal, Log-Normal, Gumbel e Gama, pelo método da máxima verossimilhança, para os períodos de retorno de 2, 5, 10, 20, 25, 50 e 100 anos. Para a equação híbrida, os valores de intensidade máxima foram obtidos utilizando o modelo empírico de Weibull, nos períodos de retorno de 2, 5, 10, 20, 25 anos. Por outro lado, as mesmas distribuições teóricas utilizadas na equação convencional foram aplicadas para os períodos de retorno de 50 e 100 anos. A seleção da distribuição que melhor se ajustou aos dados foi realizada pelo teste Kolmogorov-Smirnov. Para verificar o ganho de informação em utilizar o modelo empírico de Weibull, comparativamente às distribuições teóricas, utilizou-se o teste t para o coeficiente angular. Com base nos resultados não foram verificadas diferenças significativas entre os valores de intensidade máxima obtidos por ambas metodologias, nas durações e períodos de retorno pré-estabelecidos. Assim conclui-se que para a obtenção dos valores de intensidade máxima, nas durações de 5 a 1440 min, nos períodos de retorno de 2 a 100 anos, para o município de Pelotas, RS, pode-se utilizar tanto a equação de chuvas intensas denominada híbrida como a convencional.
Palavras-chave:
registros pluviográficos; chuvas intensas; intensidades máximas de chuva