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As origens e as vertentes formadoras do pensamento cepalino

O artigo contesta a tese, corrente na literatura, segundo a qual as teorias defendidas pelos economistas ligados à Cepal nas décadas de 1950 e 1960 devem-se à influência direta de Keynes. Para tanto, além de evidenciar diferenças entre as duas construções teóricas, mostra que, antes de a Cepal ser criada ou da publicação da Teoria geral, teses mais tarde consagradas como suas já encontravam adeptos na América Latina. Chama atenção para a complexidade da origem do pensamento estruturalista latino-americano e levanta hipóteses sobre que correntes ou teorias o teriam influenciado mais diretamente em seu nascedouro. Conclui que a contribuição da Cepal consistiu em sistematizar, dentro de um programa de pesquisa reconhecido academicamente, idéias que, de forma fragmentária, já existiam na América Latina.

Cepal; Keynes; história do pensamento econômico; América Latina; economia brasileira


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