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Sindicalismo de movimento social e feminismo: a organização das mulheres na CUT1 1 Este artigo é uma versão resumida derivada da tese de doutoramento defendida por mim em junho de 2022, sob o título “Sindicalismo de Movimento Social e a organização das mulheres na CUT: uma inspiração feminista.” (Recoaro, 2022). É também fruto de debates e contribuições advindas da apresentação que fiz no seminário temático ST62: Trabalho e ação coletiva em contextos de crise do 46º Encontro Anual da ANPOCS, realizado entre os dias 12 e 19 de outubro de 2022.

Social movement unionism and feminism: the organization of women at CUT

Resumo

O problema central deste trabalho é demonstrar como a atuação das mulheres sindicalistas na Central Única dos Trabalhadores (CUT) possibilitou o desenvolvimento de estratégias próprias do modelo de sindicalismo de movimento social (SMS), graças à parceria com o feminismo. O SMS é um conceito relativamente novo na produção acadêmica brasileira, porém muito evocado por autores estrangeiros como saída para a crise dos modelos sindicais existentes. As mulheres abraçam novas causas graças às contribuições teóricas e analíticas do feminismo, que desnaturalizou as diferenças por meio de conceitos, como de gênero, divisão sexual do trabalho, e da adoção de estratégias, como transversalidade e interseccionalidade. O feminismo também politizou a compreensão das sindicalistas sobre a necessidade de incorporar a luta antissistêmica. Ao refletir sobre o modelo de sindicalismo e a atuação das mulheres, este trabalho questiona: as mulheres aprimoraram o modelo de SMS?

Palavras-chave:
sindicalismo; CUT; sindicalismo de movimento social; mulheres sindicalistas; feminismo

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