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Variabilidades composicional e estrutural de óxidos de ferro ricos em Mg de tufito

A maghemita (γFe2O3) de tufito é, excepcionalmente, rica em magnésio, se comparada às comumente encontradas em outros litossistemas máficos. Na tentativa de investigar em detalhes a variabilidades composicional e estrutural desses óxidos naturais de ferro, alguns conjuntos de cristais foram separados de amostras coletadas a diferentes posições de um manto de intemperismo de tufito. Esses conjuntos de cristais foram, individualmente, estudados por difração de raios-X, espectroscopia Mössbauer, medidas de magnetização e análise química. Da difratometria de raios-X, observou-se que o parâmetro da célula cúbica (a0) varia de 0,834(1) a 0,8412(1) nm. Os valores mais baixos de a0 são característicos de maghemita; os mais altos são atribuídos à magnetita, mineral magnético precursor. Os teores de FeO alcançam 17 mass % e os valores de magnetização espontânea variam de 8 a 32 J T-1 kg-1. Os espectros Mössbauer, obtidos com a amostra mantida à temperatura do ambiente, na ausência de campo magnético aplicado, são bastante complexos, com indicações de ocorrência de superposição de distribuições de campo hiperfino, devidas ao Fe3+ e ao íon de valência mista Fe3+/2+. A variabilidade estrutural dos óxidos de ferro, isoestruturais ao espinélio e ricos em Mg e Ti, é, essencialmente, relacionada com os graus variáveis de oxidação do mineral precursor, a magnetita rica em Mg e Ti.

magnetização; Mössbauer; solos magnéticos


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