Geralmente, em agroecossistemas tropicais e subtropicais, a eficiência da fertilização nitrogenada para culturas agrícolas anuais é baixa, o que promove variabilidade temporal na produtividade das culturas, perdas econômicas e impacto ambiental. A fertilização à dose variada de nitrogênio (VRF) com base em sensores de culturas por espectrometria óptica pode aumentar a eficiência de uso do nitrogênio (NUE). Este estudo teve o objetivo de avaliar a produtividade do milho e a eficiência da VRF prescrita por um sensor óptico, em comparação com a fertilização à dose uniforme de nitrogênio (TSF). Com este propósito, três experimentos com milho sob sistema plantio direto foram conduzidos durante as safras agrícolas 2008/09 e 2010/11 sobre um Latossolo do sul do Brasil. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com cada local sendo analisado isoladamente. Os seguintes atributos foram avaliados: produção de matéria seca, acúmulo de N na biomassa no pleno florescimento do milho, produtividade de grãos de milho e índice de vegetação (VI) medido pelo sensor óptico N-Sensor® ALS. Independentemente do local investigado, a fertilização nitrogenada incrementou a quantidade de N absorvido pelas plantas, resultando em incremento da produção de matéria seca e da produtividade de milho. Os menores incrementos na produtividade de milho foram observados na área 2, que apresentou déficit hídrico em estádio fenológico crítico. A VRF aumentou a eficiência de recuperação aparente de N (NRE) e a eficiência agronômica do uso de NAE pelo milho. Nas áreas 1 e 3, que não foram interferidas pela restrição hídrica, verificaram-se aumentos de 28,0 e 41,3 % na NAE e NRE, respectivamente, promovido pela VRF, em relação à TSF. Apesar desses resultados, não foi verificado aumento de produtividade do milho pelo uso da VRF, em comparação a TSF.
nitrogênio; N-Sensor; espectrometria óptica; agricultura de precisão
