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Estratégias para a amostragem em estudos de ciclagem de nutrientes em florestas tropicais: um estudo de caso em São Paulo, Brasil

A amostragem precisa de atributos edáficos, biológicos ou microclimatics; em florestas tropicais, que apresentam elevada diversidade de espécies e variabilidade espacial complexa, é uma tarefa difícil. Encontram-se poucos estudos básicos sobre o assunto. Este estudo foi desenvolvida com o objetivo de definir uma estratégia de amostragem e análise de dados para alguns parâmetros utilizados, freqüentemente, em estudos de ciclagem de nutrientes, isto ê, a quantidade, conteúdo em nutrientes e composição da serapilheira depositada (Ca, Mg, Κ, Ν e P) e atributos do solo em três profundidades (matéria orgânica, conteúdo de P, capacidade de troca de cations e saturação por bases). Como área de estudo, foi escolhido um remanescente florestal, localizado no Oeste do Estado de São Paulo, e as amostras foram coletadas em julho de 19S9. A quantidade total de serapilkeira acumulada sobre o solo e o seu conteúdo em nutrientes apresentaram elevada variância espacialmente independente. A composição da serapilheira acumulada apresentou menor variância com dependência espacial peculiar a cada elemento. Assim, a amostragem para a determinação da quantidade de serapilheira e para o seu conteúdo em nutrientes deve ser distinta daquela adotada para a avaliação de sua composição em nutrientes. Para estimar a quantidade e o conteúdo em nutrientes (relacionados com a quantidade), grande número de amostras distribuídas ao acaso ê necessário. Visando a estimativa da composição em nutrientes (relacionados com a qualidade), menor número de amostras de localização conhecida deoe ser considerado. A definição da. amostragem para os atributos do solo foi distinta para as diferentes profundidades. De forma geral, as amostras superficiais (0-5 cm) apresentaram elevada variância com dependência espacial a pequenas distâncias, enquanto as camadas mais profundas apresentaram dependência espacial a distâncias maiores. Transeções curtas, com intervalos de amostragem de 5 a 10 m, devem ser utilizadas para a camada superficial. As amostras das camadas subsuperficiais também devem ser espacialmente referenciadas, mas tomadas em transeções ou malhas com distâncias maiores, cobrindo toda a área. Amostras compostas não possibilitariam a compreensão completa das relação dos atributos químicos do solo com a dinâmica superficial ou posição no relevo e material de origem. A distribuição precisa do Ρ foi difícil de ser estimada.

floresta tropical; serapilheira; nutrientes do solo; uariabilidade


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