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Lipoabdominoplastia em âncora

RESUMO

A obesidade mórbida se caracteriza por acúmulo de tecido adiposo que se distribui de maneira heterogênea em todo o organismo, tendo a gastroplastia como o mais recente método de tratamento cirúrgico. Após perda considerável de peso, o doente apresenta sobras cutâneas, sob essas sobras acumulam-se secreções que favorecem a instalação de infecções cutâneas que podem ser minimizadas com a execução de dermolipectomias. Os autores descrevem a técnica de lipoabdominoplastia em âncora, adaptando os princípios de descolamento reduzido do retalho, lipoaspiração de abdome e flancos, e preservação da fáscia de Scarpa infraumbilical associado à marcação pré-cirúrgica em “Fleur-de-Lis”. A técnica foi realizada em 17 pacientes em pós-operatório tardio de gastroplastia, entre janeiro de 2018 e junho de 2019, com idade entre 35 a 66 anos, sendo 16 pacientes do sexo feminino e 1 do sexo masculino. Todos os pacientes foram operados com exames pré-operatórios dentro da normalidade, condições clínicas satisfatórias e IMC<30. Na presente série de casos, um paciente apresentou epidermólise de coto umbilical; todos os pacientes apresentaram edema e equimoses, e um paciente apresentou seroma no 13º dia de pós-operatório. Hematoma, necrose, infecção, deiscência de ferida operatória ou eventos tromboembólicos não foram observados em nenhum paciente. A técnica demostrou ser segura e eficaz no tratamento de pacientes com excedente cutâneo abdominal, com melhora do contorno corporal, porém há necessidade de maior tempo de acompanhamento pós-operatório e maior número de casos operados para melhor mensurar os resultados, bem como a incidência de complicações.

Descritores:
Lipoabdominoplastia; Lipectomia; Gastroplastia; Obesidade mórbida; Abdominoplastia

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