RESUMO
Introdução:
O melanoma cutâneo maligno (MCM) constitui cerca de 5% dos tumores cutâneos malignos e apresenta crescente incidência e alta letalidade. O objetivo deste estudo é rever as características clínicas, epidemiológicas e anatomopatológicas do MCM em pacientes tratados nos serviços de Cirurgia Plástica e Anatomia Patológica de um hospital geral.
Método:
Dados de 45 pacientes, correspondendo a 47 lesões, tratados entre 2011 e 2013, foram revisados. Estudou-se: gênero e idade dos pacientes, localização e características histopatológicas das lesões.
Resultados:
Vinte e quatro pacientes eram do gênero masculino e 21 do feminino. A média de idade à consulta foi de 61,9 anos. Vinte e quatro neoplasias localizaramse nas extremidades, 14 acometeram o tronco e nove a face. Quanto ao diagnóstico histológico, 34,0% dos tumores consistiu-se em melanoma in situ e 66,0% em melanoma invasor. Neste grupo, 14 lesões correspondiam ao tipo nodular, 12 ao extensivo superficial, três ao acral lentiginoso e dois ao lentigo maligno. A biópsia de linfonodo sentinela foi realizada em 14 melanomas invasores, com positividade em quatro procedimentos. Dentre as linfadenectomias realizadas, quatro mostraram-se positivas para metástase. No momento do diagnóstico, quatro pacientes apresentavam metástase em trânsito e três com metástase linfonodal. Recidiva tumoral local foi verificada em dois casos. Em relação ao estadiamento, 14 pacientes encontravam-se no estádio 0, 11 no I, 10 no II e 10 no III.
Conclusão:
Os dados deste estudo corroboram os achados da literatura. O diagnóstico e tratamento cirúrgico precoce permanecem o melhor caminho para o aumento da sobrevida.
Descritores:
Melanoma; Melanoma maligno; Epidemiologia