RESUMO
Introdução:
Complicações nas reconstruções imediatas de mamas pós-mastectomias preservadoras de pele são recorrentes. Os autores descrevem conduta para redução delas e melhoria do resultado anatômico/estético utilizando implantes. O objetivo é reduzir a incidência de necroses areolares, melhorar a projeção das mamas nas reconstruções com implantes submusculares, recuperar a sensibilidade parcial ou total e facilitar a simetrização.
Método:
A mastectomia é realizada com incisão transversal lateral, do bordo areolar à axila. A reparação com implantes incluídos em plano misto por divulsão do músculo peitoral, dividindo-o em duas porções na direção de suas fibras, associação da fáscia do músculo serrátil e tecido celular subcutâneo inferior/lateral, e/ou músculo peitoral menor na área superolateral. A incisão é suturada quando não há ptose mamária, ou superposta por desepidermização de um dos bordos, podendo incluir redução do diâmetro e relocação da aréola. Ou desepidermização fusiforme da pele periareolar e medialmente a ela. A mastectomia contralateral redutora de riscos teve procedimento semelhante, melhorando a simetria.
Resultados:
Foram operadas 106 pacientes (212 mamas) com resultados satisfatórios e complicações por infecção, posicionamento dos implantes na curva de aprendizado, e irregularidades de superfície.
Conclusão:
Reconstrução imediata das mamas pós-mastectomia preservadora de pele pelo método proposto é opção possível, obtendo boa simetrização e projeção das mamas, retorno da sensibilidade e ausência de necrose total de aréola.
Descritores:
Mama; Próteses e implantes; Mamoplastia; Neoplasias da mama; Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos