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Rinoplastia preservadora piezoelétrica: uma abordagem alternativa para tratamento de nariz bífido em fissura facial nº 0 de Tessier

RESUMO

O manejo do nariz bífido na fissura facial de Tessier nº 0 é controverso devido às suas características, como uma ampla abóbada óssea, baixa altura dorsal, excesso de pele, volume de partes moles e cartilagens laterais superiores e inferiores distantes. Técnicas conservadoras de rinoplastia, utilizando instrumentos piezelétricos, podem ser uma boa opção para o tratamento do nariz bífido, pois preservam o teto e as cartilagens laterais superiores e realizam uma osteotomia mais precisa. Relatamos o tratamento de nariz bífido em um menino de 13 anos com fissura facial nº 0, no qual foi realizada a rinoplastia conservadora com auxílio de material piezoelétrico. Dado o excesso de pele e tecidos moles, optou-se por uma abordagem transcutânea completamente externa. Para osteotomias, fraturas laterais sob visão direta assistida por piezo foram realizadas para ter um melhor controle do estreitamento da abóbada óssea. As cartilagens laterais superiores e as válvulas nasais internas foram preservadas e reaproximadas à linha média com suturas em “U” horizontais, a fim de obter projeção da abóbada cartilaginosa. Um grande segmento de pele e tecidos moles foi extirpado após estreitamento da abóbada nasal. Um ano de acompanhamento mostra uma pirâmide óssea estreita, melhor projeção e definição de ponta, mas persistindo com um nariz verticalmente curto. Técnicas conservadoras de rinoplastia, assistidas por piezoelétricas, podem ser uma opção para o tratamento do nariz bífido, exigindo um acompanhamento a longo prazo e um estudo com mais casos.

Descritores:
Nariz; Doenças nasais; Rinoplastia; Piezocirurgia; Cirurgia plástica.

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