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Mamoplastia com retalho bipediculado de músculo peitoral: 30 anos de experiência com a técnica

RESUMO

Introdução:

Existem inúmeras técnicas de mamoplastia com objetivo de evitar a ptose tardia. Observamos em todas estas técnicas que a forma da mama após a sua báscula permaneceu com perda de preenchimento do seu polo superior. A associação da mamoplastia com o uso do retalho de base torácica associado ao retalho bipediculado de músculo peitoral maior tem sido utilizada devido ao bom resultado que é mantido num pós-operatório tardio.

Método:

Foram feitos mais de 4000 procedimentos utilizando a técnica do autor. Foi realizada a marcação de mamoplastia tradicional e confecção de retalho de pedículo inferior conforme descrito por Ribeiro. Divulsiona-se uma faixa do músculo peitoral e realiza-se a passagem completa do retalho torácico através da alça muscular com posterior fixação do retalho à parede torácica. Os retalhos muscular e glandular são envolvidos pelo tecido do polo superior fazendo se a sutura dos pilares laterais.

Resultados:

Com a utilização da técnica de um retalho torácico, fixado por uma alça de músculo peitoral, obtivemos uma báscula mínima que forneceu um melhor resultado estético a longo prazo. Com esta técnica, o tecido mamário é dividido e reposicionado para o local desejado, mantendo a forma da mama e não dependendo do fechamento dérmico para se obter o contorno final.

Conclusão:

Observamos nos casos operados a manutenção do polo superior da mama mesmo tardiamente, redução da tensão sobre a cicatrização com consequente melhora do aspecto, ausência do movimento de báscula (ptose) pós-operatória, sem aumento significativo no tempo cirúrgico.

Descritores:
Mamoplastia; Retalhos cirúrgicos; Músculos peitorais

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