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Cinta do músculo peitoral maior nas mamoplastias: experiência pessoal

RESUMO

Introdução:

Alguns autores têm divulgado resultados de mamoplastias com cinta muscular do músculo peitoral, utilizando parâmetros subjetivos e sem um grupo de comparação. Em 2011, Swanson propôs um protocolo com parâmetros objetivos e não observador dependentes, baseado em medidas fotográficas padronizadas para avaliação estética das cirurgias mamárias. Com base nestas informações, este estudo teve por objetivo avaliar a influência da cinta do músculo peitoral maior comparativamente à técnica sem uso de cinta nas mamoplastias, conforme proposto por Swanson.

Método:

Coorte retrospectiva envolvendo 18 mulheres submetidas à mamoplastia bilateral primária por ptose e/ou hipertrofia mamária operadas consecutivamente por um único cirurgião de março de 2010 a novembro de 2012. As 36 mamas foram divididas em dois grupos (18 mamas no grupo em que a mamoplastia foi confeccionada com cinta muscular e 18 no grupo sem cinta muscular) e avaliadas por estudo fotométrico no pré-operatório e após seis meses da cirurgia. Os resultados de cada mama foram analisados com o uso do programa “SPSS 20 for MAC”.

Resultados:

A evolução percentual da elevação da projeção mamária média, no grupo com cinta foi 15,32 ± 2,41% superior ao grupo sem cinta (p < 0,001, IC95% de 10,41 a 20,22). O mesmo foi observado na projeção do polo superior, que foi 24,2 ± 3,71% maior (p < 0,001, IC95% de 16,65 a 31,82) do que no grupo em que a cinta não foi utilizada.

Conclusão:

A cinta muscular mostrou-se efetiva para o preenchimento do polo superior da mama e para a manutenção da sua projeção no período de até seis meses após a mamoplastia.

Descritores:
Mamoplastia; Músculos peitorais; Mama; Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos

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