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O trauma de face submetido a cirurgia: Uma análise epidemiológica de 10 anos no interior do Brasil

■ RESUMO

Introdução:

O trauma de face representa significativa incapacitação para a vítima, além de um desafio para as equipes de saúde devido a sua complexidade e envolvimento de estruturas nobres. Analisar a sua epidemiologia permite coordenar medidas em saúde pública para melhorar o atendimento e a prevenção. Método: Estudo observacional, descritivo, longitudinal, com abordagem retrospectiva a partir dos prontuários dos pacientes vítimas de trauma de face atendidos pela clínica cirúrgica no período entre 2010 e 2019. Resultados: Dentre os 529 prontuários incluídos no estudo e analisados, 71,08% tratava-se de cirurgias eletivas e o restante, 28,92%, de cirurgias de urgência. O trauma foi mais frequente em indivíduos de 20 a 29 anos, o que corresponde a 31,76% do total de casos. Também foi mais frequente em indivíduos do sexo masculino, correspondendo a 78,45% do total de casos. Acidentes automobilísticos foram a causa mais comum, descrita em 22,31% dos prontuários, e a principal fratura, presente em 85,83% dos casos, foi dos ossos próprios do nariz. Conclusão: As vítimas de traumatismo bucomaxilofacial atendidas no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro são predominantemente homens na terceira década de vida, envolvidos em acidentes automobilísticos, com lesões em ossos do nariz que foram abordadas de forma eletiva.

Descritores:
Traumatismos faciais; Epidemiologia analítica; Ossos faciais; Procedimentos de cirurgia plástica; Fraturas maxilomandibulares

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