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Transtornos depressivos em pacientes que buscam cirurgia plástica estética: uma visão ampla e atualizada

RESUMO

Introdução:

A cirurgia estética pode melhorar a qualidade de vida de pacientes, porém alguns que se apresentam para o procedimento são portadores de transtornos depressivos (TD) e podem evoluir, no pós-operatório, de forma desastrosa do ponto de vista psicológico e até mesmo evoluir para o suicídio. A prevalência de TD em pacientes de cirurgia plástica estética é em média de 20%, podendo chegar até 70%. Este artigo tem por objetivo fazer uma revisão sobre depressão e cirurgia estética bem como alertar e conscientizar os cirurgiões plásticos sobre o crescente aumento destes pacientes nos consultórios. Objetiva, ainda, orientar os cirurgiões quanto a abordagem adequada e condutas específicas perante estes.

Métodos:

Realizou-se busca nos bancos de dados MEDLINE/PubMed e Embase e cruzamento de palavras chaves, incluindo “cirurgia plástica estética”, “depressão”; “transtornos de humor”, “transtorno depressivo”, “sintomas depressivos”, “suicídio e cirurgia plástica”.

Resultados:

O sucesso de uma cirurgia plástica depende em muito da seleção dos pacientes para o procedimento. Pacientes suspeitos, pacientes com sintomas depressivos elevados nos questionários (como o BDI) e pacientes com “marcadores” de psicopatologia deverão ser encaminhados ao psiquiatra para avaliação adequada.

Conclusão:

Pela elevada prevalência de TD em cirurgia plástica estética, todo paciente de cirurgia plástica deverá ser avaliado adequadamente para identificação daqueles com possíveis TD no pré-operatório e encaminhado ao psiquiatra, para assim tentar se evitar evolução psicológica desfavorável pós-operatória.

Descritores:
Depressão; Transtorno depressivo; Psicopatologia; Cirurgia estética

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