RESUMO
Introdução:
As primeiras descrições de abdominoplastias remontam do início do século XX, sendo pouco modificadas no decorrer do tempo. Porém, somente nas últimas três décadas, devido à popularidade da cirurgia bariátrica, houve grandes avanços e inovações na técnica. Com esse paciente peculiar, notamos uma maior incidência de complicações, dentre elas o seroma. O objetivo é avaliar e comparar a ocorrência de seroma entre duas técnicas de abdominoplastia, convencional e em âncora, nos pacientes pós-bariátricos.
Métodos:
Estudo retrospectivo, de um único cirurgião, na qual 30 pacientes com história de cirurgia bariátrica e IMC (Índice de Massa Corporal) menor que 30 foram submetidas à abdominoplastia, entre o período de fevereiro de 2009 a março de 2015, sendo 15 pacientes operadas pela técnica convencional (Grupo convencional) e 15 pela técnica em âncora (Grupo em âncora). No seguimento clínico pós-operatório, foi investigada a ocorrência de seroma e outras complicações.
Resultado:
Foram estudadas 30 pacientes do sexo feminino com idade média de 36 anos, peso médio de 70 Kg e IMC médio de 25 Kg/m2, sem diferenças significativas entre os grupos. A ocorrência global de seroma no estudo foi de 23%. Foi observado uma diferença estatisticamente significante (p = 0,04) entre os grupos convencional, seis pacientes (40%), em relação ao grupo em âncora, um paciente (6,7%). Foi observada a ocorrência de deiscência, sem diferença significativa entre os grupos.
Conclusão:
A incidência de seroma foi maior naquelas pacientes submetidas à abdominoplastia convencional em relação à abdominoplastia em âncora.
Descritores:
Seroma; Abdominoplastia; Abdominoplastia/efeitos adversos; Cirurgia bariátrica