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Vinte anos de tratamento da síndrome vasoplégica em cirurgia cardíaca. Azul de metileno revisado

Objetivo:

O presente estudo foi realizado com a finalidade de reavaliar conceitos estabelecidos em 20 anos, com ênfase nos últimos 5 anos, sobre a utilização do azul de metileno no tratamento da síndrome vasoplégica em cirurgia cardíaca.

Métodos:

Foram considerados dados da literatura utilizando-se três bases de dados (MEDLINE, SCOPUS e ISI Web of Science).

Resultados:

Os conceitos reavaliados e reafirmados foram: 1) Nas doses recomendadas o AM é seguro (a dose letal é de 40 mg/kg); 2) O AM não causa disfunção endotelial; 3) O efeito do AM só aparece em caso de supra nivelamento do NO; 4) O AM não é um vasoconstritor, pelo bloqueio da via GMPc ele libera a via do AMPc, facilitando o efeito vasoconstritor da norepinefrina; 5) A dosagem mais utilizada é de 2 mg/kg, como bolus EV, seguida de infusão contínua porque as concentrações plasmáticas decaem fortemente nos primeiros 40 minutos, e; 6) Existe uma "janela de oportunidade" precoce para efetividade do AM. Nos últimos cinco anos, os principais desafios foram: 1) Observações de efeitos colaterais; 2) A necessidade de diretrizes, e; 3) A necessidade da determinação de uma janela terapêutica para o uso do AM em humanos.

Conclusão:

O efeito do AM no tratamento da SV é dependente do tempo, portanto, o grande desafio atual é a necessidade do estabelecimento da janela terapêutica do AM em humanos. Esse seria o primeiro passo para a sistematização de uma diretriz a ser seguida por possíveis estudos multicêntricos.

Azul de metileno; Sídrome vasoplégica; Vasoplegia; Choque circulatório; Cirurgia cardíaca; Óxido nítrico


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