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Parasitas gastrointestinais e itens alimentares de um encalhe massivo de falsas orcas, Pseudorca crassidens, no Rio Grande do Sul, sul do Brasil

O trato gastrointestinal de 14 falsas orcas, 6 machos e 8 fêmeas, encalhadas em junho de 1995 no sul do Brasil, com comprimentos totais de 338 a 507 cm, foi analisado quanto à presença de endoparasitas e itens alimentares. Uma fêmea grávida apresentava um feto de 77,5 cm. Parasitas foram encontrados em todas as 14 falsas orcas. O nematóide Anisakis simplex (Rudolphi, 1809) foi encontrado no estômago de 57% dos animais e o acantocéfalo Bolbosoma capitatum (Linstow, 1889) Porta, 1908, estava presente no intestino de todos os espécimes, com densidades de até 600 parasitas/m-1. Um cestóide não identificado (Tethrabothridae) também foi encontrado nos intestinos de 14% dos indivíduos. As altas infecções por B. capitatum e A. simplex não estavam diretamente relacionadas à causa da morte. Nos estômagos de quatro fêmeas foram encontrados bicos de pelo menos oito espécimes de lulas oceânica e epipelágica Ommastrephes bartramii (Lesueur, 1821), com comprimentos de manto variando entre 189,8 e 360,9 mm. A distribuição de O. bartramii na costa do Rio Grande do Sul é consistente com a alimentação de falsas orcas em águas da plataforma oceânica.

parasitas; alimentação; Pseudorca crassidens; encalhe massivo


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