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A pesca elétrica como técnica de amostragem de populações e comunidades de peixes em rios costeiros do sudeste do Brasil

Foi testada a adequacidade da pesca elétrica como técnica para a obtenção de dados quantitativos de populações e comunidades de peixes de riachos do sudeste do Brasil. Para isso, realizamos sete campanhas, entre julho/94 e julho/95, em cinco localidades do sistema fluvial do Ubatiba (Maricá, RJ). Das 22 espécies coletadas, 17 tiveram suas abundâncias estimadas pelo método de Zippin, que foi o modelo escolhido para testar a eficiência da metodologia de coleta. Em cada campanha, três remoções, com pesca elétrica, eram realizadas para cada localidade e, considerando o número (variável) de espécies obtidas por localidade/campanha, totalizaram-se 315 casos analisados. Dezenove casos, entre os 315, apresentaram condição de falha. As estimativas foram significativas (p < 0.01) em 96,2% dos casos analisados. Os casos não significativos ocorreram para as espécies raras e tiveram como causa a pesca supereficiente em 63,3% dos casos e randomicamente-eficiente em 36,4%. Não foram observadas correlações entre a capturabilidade e a abundância estimada de indivíduos e/ou as características ambientais das diferentes localidades. Altos valores de eficiência amostral (> 85%) foram registrados para todas as estimativas. Uma análise experimental foi realizada em uma localidade selecionada e a comparação entre as estimativas para 3 e 6 remoções sucessivas apontaram um erro médio e desvio-padrão de 5,5% e 2,1%, respectivamente. Concluímos que a pesca elétrica mostrou-se eficiente na obtenção de dados quantitativos das populações e comunidades de peixes do sistema fluvial do Ubatiba.

pesca elétrica; rios costeiros; bacia Leste; Brasil


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