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O banco de sementes do solo durante a regeneração da Floresta Atlântica no sudeste do Brasil

Este estudo foi realizado com a finalidade de determinar a densidade de sementes viáveis e a composição de espécies no banco de sementes de quatro trechos de Floresta Atlântica com diferentes idades no Parque Estadual Intervales, SP. Duas questões foram abordadas: (1) como o número e a composição de espécies muda ao longo do tempo e (2) quais as implicações dessas mudanças para o processo de regeneração da floresta após corte e queima. Em cada trecho de floresta (5, 18, 27 anos e floresta madura), 57 amostras de solo foram coletadas entre 0 e 5 cm de profundidade. A densidade de sementes viáveis das espécies herbáceas variou entre 11.003 (vegeteção com 5 anos) e 482 sementes/m² (floresta madura); e a das espécies lenhosas entre 25 (vegeteção com 5 anos) e 389 sementes/m² (floresta madura). As densidades encontradas sugerem um decréscimo no estoque de sementes no solo com o avanço da regeneração. Sementes enterradas entre 0 e 2,5 cm de profundidade representaram entre 56,9% e 67,4% das sementes. A maioria das sementes pertence a plantas invasoras das famílias Asteraceae, Poaceae, Malvaceae e Solanaceae. Os resultados encontrados são evidências de que a contribuição do banco de sementes para a regeneração da floresta depende da idade em que esta é cortada. Sementes oriundas de outras fontes são necessárias para a regeneração, já que o banco não armazena sementes médias e grandes das espécies lenhosas tolerantes à sombra.

banco de sementes; Brasil; espécies pioneiras; Floresta Atlântica; regeneração de florestas


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