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Triceratium moreirae sp. nov. e Triceratium dubium (Triceratiaceae - Bacillariophyta) de ambientes estuarinos do Sul do Brasil, e comentários sobre o gênero Triceratium C. G. Ehrenberg

Uma nova espécie da Família Triceratiaceae é descrita a partir de amostras coletadas em manguezais do Sul do Brasil. A valva de Triceratium moreirae sp. nov. é triangular com elevações portando ocelos e uma rimopórtula robusta na base de cada elevação. A superfície valvar apresenta pseudolóculos robustos circulares a poligonais que delimitam aréolas com poros cribrais hemisféricos. Estas últimas estão arranjadas em um padrão típico, em que uma aréola central maior está circundada por 5-8 aréolas menores. A valvocópula emite um septo reforçado por costelas, e sua extremidade é dobrada para o interior. A nova espécie é comparada com a diatomácea Triceratium dubium, a qual tem o mesmo padrão de disposição de aréolas, formação de septo e pseudolóculos. Entretanto, as principais diferenças em relação à Triceratium moreirae são: rimopórtulas alternadas aos ocelos e com morfologia bem característica, e elevações mais alongadas com uma leve constrição. Alguns critérios utilizados na classificação das espécies de Triceratiaceae também são discutidos, e sugerimos que o tipo de aréola (poroidal com cribra) seja incluído na circunscrição de Triceratium.

taxonomia; diatomácea; Triceratium; estuário; manguezal; Sul do Brasil


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