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Variações de curto prazo e distribuição longitudinal do metabolismo do carbono no estuário do Rio Piauí (Sergipe, Brasil)

O metabolismo pelágico líquido (MPL) e o metabolismo líquido do ecossistema (MLE) foram medidos pela variação do sigmaCO2 em três pontos de amostragem no estuário do Rio Piauí. Na estação a montante, a amostragem foi conduzida durante 48 h. As amostras apresentaram uma alta relação NID:PID. A clorofila-a variou entre 0,2 e 2,5 mig.l-1, com concentrações superiores na estação a montante àquelas de maior influência marinha. O MPL oscilou de -13,2 a 61,2 mgC.m-2.d-1. A presença de material mucilaginoso algal pode explicar os resultados de taxas metabólicas negativas (mineralização). Durante o período fótico, o MPL variou de -0,05 a 3,04 mgC.m-2.h-1. O MLE variou de -7,77 a 6,65 mgC.m-2.d-1. Ressuspensão de sedimento e uma pluma de alta turbidez refletiram-se em episódios de mineralização. Uma estimativa do metabolismo bêntico foi realizada através da diferença entre MLE e MPL. A comunidade microfitobêntica parece ser a principal responsável pelo metabolismo do ecossistema, especialmente na cabeceira do estuário, embora o aporte antropogênico de matéria orgânica e nutrientes exerça forte influência a longo prazo.

estuário; mudanças de curto prazo; produção primária; mineralização; microfitobentos


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