O litoral do Estado do Espírito Santo está localizado em uma zona de transição biogeográfica apresentando alta diversidade biológica. O interesse nesta região foi renovado a partir de 1990, com a publicação de várias adições e descrições de espécies novas para a flora marinha brasileira. O estudo do infralitoral desta região está agora se iniciando e uma exploração detalhada através do emprego de mergulho autônomo está revelando uma flora com muitos táxons pouco conhecidos, particularmente de rodofíceas. Como resultado inicial, Predaea feldmannii Børgesen está sendo referida, pela primeira vez, para a costa brasileira. A ocorrência do gênero Predaea no Brasil tem sido considerada com certa restrição, pois representantes do mesmo foram referidos somente uma vez, por Howe & Taylor em 1931, tendo sido inicialmente atribuídos ao gênero Platoma. A ocorrência de Predaea no Brasil está sendo agora confirmada e as estruturas vegetativas e reprodutivas estão sendo descritas com detalhes. Predaea feldmannii é caracterizada por apresentar iniciais de gonimoblastos formadas a partir de uma dilatação do filamento conectivo, filamentos corticais aproximadamente do mesmo tamanho, ausência de células glandulares, aglomerações densas de células nutritivas formadas somente a partir de células contíguas à célula auxiliar e ramos carpogoniais com 3 células.
morfologia; Nemastomataceae; Predaea; Rhodophyta; taxonomia
