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Bloqueio do plexo cervical como técnica anestésica alternativa para tireoplastia tipo I: relato de caso

Resumo

Introdução:

O papel da tireoplastia tipo I (TPI) está bem estabelecido no tratamento de insuficiência glótica após a paralisia das pregas vocais, mas o manejo anestésico ideal para a TPI ainda é controverso. Descrevemos uma nova técnica anestésica para a TPI usando o Bloqueio do Plexo Cervical (BPC) superficial e o BPC intermediário associados, em presença de analgo-sedação leve e intermitente.

Relato de caso:

Paciente de 51 anos de idade com paralisia da prega vocal esquerda e apneia obstrutiva do sono foi agendada para TPI. BPC intermediário guiado por ultrassom foi realizado usando acesso posterior, e 15 mL de ropivacaína a 0,5% foram injetados no espaço cervical posterior entre o músculo esternocleidomastoideo e a fáscia prevertebral. A seguir, para o BPC superficial, 10 mL de ropivacaína a 0,5% foram injetados na região subcutânea adjacente à borda posterior do músculo esternocleidomastoideo, sem transfixar a fáscia de revestimento. Analgo-sedação intermitente com infusão alvo-controlada de remifentanil (alvo de 0,5 ng.mL-1) foi usada para facilitar a inserção da prótese e a laringoscopia com fibra ótica. A técnica ofereceu via aérea segura durante a anestesia, boa condição para o cirurgião, possibilidade de monitorar a voz, além de ótimo conforto à paciente.

Conclusões:

O uso de anestesia regional é uma técnica promissora para o cuidado anestésico durante a TPI, especialmente em pacientes com via aérea comprometida.

PALAVRAS-CHAVE
Tireoplastia tipo I; Manejo anestésico; Bloqueio do plexo cervical; Relato de caso

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