Resumo
Objetivo:
Neste estudo avaliamos a eficácia de intubações por meio de guia introdutor Bougie e máscara laríngea em intubação endotraqueal de pacientes com trauma cervical simulado.
Método:
Foram incluídos no estudo 134 pacientes. Colar cervical foi colocado em todos os pacientes para um trauma cervical simulado. Os pacientes foram alocados aleatoriamente em três grupos: Grupo NI (n = 45) foi submetido à intubação com laringoscópio Macintosh; Grupo ITE (n = 45) foi submetido à intubação com guia introdutor de tubo endotraqueal e Grupo ML (n = 44) foi submetido à intubação com máscara laríngea. Número de tentativas de intubação, sucesso de intubação, tempo de visualização completa da laringe, tempo de intubação, escore de desempenho do usuário, alterações hemodinâmicas e complicações observadas foram registrados.
Resultados:
O sucesso da intubação na primeira tentativa foi maior no Grupo ITE e menor no grupo ML. Ainda em relação ao sucesso da intubação, as taxas de sucesso foram 95,6%, 84,4% e 65,9% nos grupos ITE, NI e ML, respectivamente. Os tempos de visualização da laringe e de intubação foram menores nos grupos NI e ITE do que no Grupo ML. Essa diferença foi estatisticamente significativa (p < 0,05), enquanto não houve diferença significativa entre os Grupos NI e ITE. O número de pacientes com bom desempenho na intubação foi significativamente maior no grupo ITE, enquanto o número de pacientes com mau desempenho na intubação foi significativamente maior no grupo ML (p < 0,05).
Conclusões:
Concluímos que o ITE, que é barato e facilmente acessível, deve ser uma opção vantajosa em pacientes com trauma cervical, tanto pela facilidade de intubação quanto devido à taxa de morbidade e mortalidade dos pacientes.
PALAVRAS-CHAVE
Via aérea difícil; Trauma cervical