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Determinação do volume mínimo efetivo de bupivacaína 0,5% para bloqueio do plexo braquial por via axilar guiado por ultrassom

Justificativa e objetivo:

o uso do ultrassom para acompanhar o correto posicionamento da agulha e a dispersão do anestésico local permitiu a redução do volume de anestésico local necessário para o bloqueio de nervos periféricos. Existem poucos trabalhos sobre o volume mínimo efetivo de anestésico local para o bloqueio do plexo braquial via axilar (BPVA). Este estudo foi conduzido com o objetivo de determinar o volume mínimo efetivo (VE90) de bupivacaína 0,5% comadrenalina (1:200.000) para o BPVA guiado por ultrassom.

Método:

o método up-and-down proposto por Massey e Dixon foi usado para o cálculo do volume mínimo efetivo. A dose inicial foi de 5 ml por nervo (radial, mediano, ulnar e musculocutâneo). No caso de falha do bloqueio, o volume era aumentado em 0,5 mL por nervo. O sucesso do bloqueio resultava na diminuição do volume em 0,5 mL por nervo para o paciente subsequente. O sucesso do bloqueio foi definido como bloqueio da função motora ≤ 2 segundo a escala de Bromage modificada, ausência de sensibilidade térmica e de resposta ao pinprick. Foi definido como critério para término do estudo a obtenção de cinco casos de falha seguidos de casos de sucesso.

Resultados:

foram incluídos 19 pacientes no estudo. O volume mínimo efetivo (VE90) de bupi-vacaína 0,5% com 1:200.000 de adrenalina foi de 1,56 ml (IC 95% 0,99-3,5) por nervo.

Conclusão:

este trabalho corrobora alguns estudos que mostram que é possível obter anestesia cirúrgica com baixos volumes de anestésico local para bloqueios de nervo periférico guiados por ultrassom.

Anestesia regional; Plexo braquial; Volume mínimo; Ultrassom; Bupivacaína


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