Resumo
Objetivo:
Avaliar joelhos de indivíduos com falência renal em hemodiálise por meio de ressonância magnética, em comparação com um grupo controle sem doença renal crônica.
Materiais e Métodos:
Estudo transversal, observacional, controlado, realizado entre agosto/2018 e fevereiro/2020. Os 15 casos consistiram de pacientes com cinco anos ou mais em hemodiálise, sem ruptura do tendão do quadríceps. Os 15 controles, sem doença renal crônica, foram pareados (1:1) por sexo, idade e nível de atividade física.
Resultados:
A média de idade dos casos foi 50 ± 15 anos e a dos controles, 49 ± 14 anos. A mediana do tempo em hemodiálise foi 11 anos (variação: 10-14 anos). Nos casos, os níveis séricos de paratormônio, ferritina, fosfatase alcalina, fósforo e creatinina estavam mais altos e os de albumina e hemoglobina, mais baixos (p < 0,05). Hipersinal no tendão foi demonstrado em 11 casos e três controles (p = 0,009). Derrame articular foi observado em nove casos e três controles (p < 0,05). A espessura, o comprimento e a largura do tendão não diferiram entre os grupos. Hipersinal no tendão do quadríceps não mostrou associação com o tempo em hemodiálise ou com os níveis de paratormônio intacto, hemoglobina e fosfatase alcalina.
Conclusão:
Pacientes em hemodiálise sem episódios de ruptura já apresentam hipersinal no tendão do quadríceps nas imagens de ressonância magnética.
Unitermos:
Tendões/patologia; Ressonância magnética; Insuficiência renal crônica/complicações; Diálise renal; Fatores de risco; Hiperparatireoidismo