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Avaliação dos laudos mamográficos. Padronização prática de recomendação de conduta para um programa de detecção precoce do câncer de mama por meio da mamografia

Resumos de Teses

Avaliação dos laudos mamográficos. Padronização prática de recomendação de conduta para um programa de detecção precoce do câncer de mama por meio da mamografia.

Autor: Marconi Luna.

Orientador: Hilton Augusto Koch.

Tese de Doutorado. UFRJ, 2001.

Em abril de 1998, durante a Jornada Paulista de Radiologia, o Colégio Brasileiro de Radiologia realizou uma reunião de consenso, juntamente com a Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia e Sociedade Brasileira de Mastologia, para definir um padrão para o diagnóstico mamográfico no Brasil. Aproveitou-se a classificação "Breast Imaging Reporting and Data System" (BI-RADS), e o CBR, a SBM e a Febrasgo divulgaram, em seus órgãos oficiais, a classificação referendada, a qual teve ampla divulgação nos eventos das três sociedades. Entretanto, havia a necessidade de investigar de que maneira os médicos interpretadores, em diversos serviços de mamografia, fariam seus relatórios depois da divulgação da reunião de consenso.

O material deste trabalho consiste de 115 questionários com perguntas sobre o laudo mamográfico, dando-se ênfase sobre a parte descritiva, a impressão diagnóstica e a recomendação de conduta. Na metodologia estatística utilizaram-se os cálculos de porcentagem de adesão. Na recomendação de conduta, por exemplo: no nódulo benigno, o resultado da amostra (50,44%) deu-se no acompanhamento após um ano. No nódulo suspeito (amostra = 58,29%) e no nódulo maligno (amostra = 55,66%), em ambos poder-se-ia ter obtido melhores resultados. Nas microcalcificações benignas (amostra = 55,64%), nas intermediárias (amostra = 57,40%) e nas malignas (amostra = 61,40%), em todas notam-se cálculos de porcentagem não condizentes para Serviço de Mamografia. Na densidade assimétrica (amostra = 62,60%), distorção arquitetural (amostra = 48,70%) e dilatação ductal isolada (amostra = 49,57%), também nesses achados mamográficos os médicos interpretadores poderiam ter adquirido melhores índices de porcentagem.

Notamos que todas as respostas do laudo mamográfico permaneceram com valores porcentuais não aceitos num Serviço de Mamografia que apresente uma boa qualidade, tanto técnica como científica. É importante realizar uma padronização prática de recomendação de conduta nos achados mamográficos, pois só assim será possível implantar um programa de detecção precoce do câncer de mama no Brasil.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    14 Maio 2002
  • Data do Fascículo
    2002
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