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O papel da neuroimagem na determinação da morte encefálica

Resumo

A morte encefálica é a cessação irreversível de todas as funções cerebrais. Embora os protocolos para sua determinação variem entre os países, o conceito de morte encefálica é amplamente aceito, apesar de questões éticas e religiosas. A fisiopatologia da morte encefálica está relacionada a hipóxia e isquemia no cenário de uma lesão cerebral difusa. Também está relacionada aos efeitos do edema cerebral, que aumenta a pressão intracraniana, levando à parada da circulação cerebral. Embora o diagnóstico de morte encefálica seja baseado em parâmetros clínicos, o uso de neuroimagem para demonstrar lesão cerebral difusa como causa do coma antes do exame clínico definitivo é um pré-requisito. A tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) de crânio demonstram edema difuso e apagamento de ventrículos e sulcos, associados a herniações transcompartimentais. A angio-TC e a angio-RM demonstram a ausência de fluxo arterial e venoso intracraniano. Em alguns países, a eletroencefalografia, a angiografia por subtração digital cerebral, a ultrassonografia transcraniana com Doppler ou a cintilografia/TC por emissão de fóton único são atualmente usadas para o diagnóstico definitivo de morte encefálica. Embora a definição de morte encefálica dependa de características clínicas, os radiologistas podem desempenhar papel importante no reconhecimento precoce da lesão hipóxico-isquêmica global e da ausência de perfusão vascular cerebral.

Unitermos:
Morte encefálica; Tomografia computadorizada; Angiografia por tomografia computadorizada; Ressonância magnética; Angiografia por ressonância magnética

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