Espondilodiscites representam 2%–4% de todos os casos de infecções no esqueleto. Seu rápido diagnóstico e tratamento apropriado podem evitar complicações, tais como colapsos vertebrais, compressão medular, evitando a realização de procedimentos cirúrgicos. Seu diagnóstico é baseado em achados clínicos e radiológicos característicos, sendo confirmado por hemoculturas, biópsia do disco ou da vértebra. Este estudo foi realizado com pacientes do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho que tiveram o diagnóstico histopatológico ou microbiológico comprovado de espondilodiscite e realizaram ressonância magnética das regiões acometidas. Espondilodiscites piogênicas acometem preferencialmente a coluna lombar. Os principais sinais sugestivos são: acometimento segmentar; abscessos de limites pouco definidos; acometimento precoce do disco intervertebral; acometimento homogêneo dos corpos vertebrais e discos intervertebrais. A espondilodiscite tuberculosa afeta preferencialmente os segmentos vertebrais torácicos. As imagens mais sugestivas são: abscesso de paredes delgadas e bem definidas; envolvimento subligamentar multissegmentar; acometimento heterogêneo dos corpos vertebrais; discos intervertebrais relativamente poupados. O objetivo deste ensaio iconográfico é apresentar os principais aspectos das espondilodiscites piogênica e tuberculosa nas imagens por ressonância magnética.
Ressonância magnética; Discite; Disco intervertebral; Tuberculose da coluna vertebral