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RESUMO DE TESE

Importância da linfocintilografia na avaliação linfática dos membros inferiores em indivíduos assintomáticos

Autora: Silvia Correa Bacelar

Orientadores: Léa Mirian Barbosa da Fonseca, Arno von Ristow

Tese de Doutorado. UFRJ, 2003.

O trabalho objetivou identificar, por meio da linfocintilografia, a incidência da insuficiência linfática em indivíduos saudáveis, sem diagnóstico, suspeição, história ou clínica de linfedema, estudar a relação entre o sedentarismo e insuficiência linfática e estabelecer atividade física regular como forma eficaz de profilaxia de linfedemas.

Vinte e cinco indivíduos saudáveis foram submetidos a anamnese, exame físico e linfocintilografia de membros inferiores. Surpreendentemente, apenas em dois dos 25 indivíduos estudados encontramos parâmetros de normalidade à linfocintilografia, sendo ambos os únicos atletas de todo o grupo.

Concluímos que existe uma alta incidência de insuficiência linfática em indivíduos assintomáticos, que o sedentarismo é prevalente em indivíduos com insuficiência linfática e que a atividade física intensa deve ser uma forma eficaz de profilaxia de linfedemas.

Dadas as conclusões, recomendamos a revisão dos padrões de normalidade do fluxo linfático, tendo em vista tão alta freqüência de exames anormais, assim como a continuação deste estudo repetindo as linfocintilografias após realização de programa de atividade física.

Contribuição para detecção do linfonodo sentinela em câncer de mama: estudo de dois métodos

Autor: João Esberard de Vasconcelos Beltrão Neto

Orientadora: Léa Mirian Barbosa da Fonseca

Tese de Doutorado. UFRJ, 2003.

Com os objetivos de comparar a eficácia do método de detecção do linfonodo sentinela pelo azul patente e a do método radioguiado, assim como determinar a eficácia do exame histológico definitivo, foi realizado estudo descritivo, transversal, prospectivo, tipo relato de casos.

Oitenta e seis pacientes, sendo 84 do sexo feminino e dois do sexo masculino, com câncer de mama, atendidos com queixas mamárias no Serviço de Mastologia da Clínica Professor Antonio Simão dos Santos Figueira Filho (CPAFF) e operados no Hospital Santa Joana, no período de janeiro de 1999 a outubro de 2002, foram divididos em dois grupos de 43 pacientes cada: grupo I, submetidos ao método do azul patente, e grupo II, submetidos ao método radioguiado.

Os dois grupos se assemelharam quanto a média etária, idade da menarca, status menstrual e número de gestações. O câncer de mama estava em estádio I, respectivamente, em 58,1% e 74,4% dos pacientes dos grupos I e II. Em ambos os grupos o estadiamento clínico T2 variou entre T1a e T2; no grupo I predominou estadiamento clínico T2 e no grupo II, o T1c. O tratamento instituído mais freqüente foi tumorectomia alargada; oito pacientes de cada grupo foram submetidos a quadrantectomia com axilectomia. Houve falha do método em detectar o linfonodo sentinela em uma paciente do grupo I e em quatro casos do grupo II. O número de linfonodos detectados variou de um a cinco, num total de 65 linfonodos do grupo I e 82 do grupo II. Comparando o método de congelação ao da parafina, no método do azul patente identificaram-se sensibilidade, valor preditivo negativo e exatidão menores que no método radioguiado (respectivamente, 88,7%, 94,9% e 90,4% no grupo I, contra 100% no grupo II para os três parâmetros). Houve 13 casos de metástase, resultando em taxa de 15,1%. A taxa de falsos negativos do grupo I foi de 4,8% e nula no grupo II.

Considerando os aspectos sociais da cirurgia para câncer de mama, recomenda-se a utilização da identificação do linfonodo sentinela pelo método do azul patente, nas regiões onde não se tenha medicina nuclear, por ser de baixo custo, requerendo poucos recursos para sua realização. Todavia, é importante que o método seja realizado por mastologista habilitado, previamente treinado e considerado capacitado por centro de referência, após ter cumprido a curva de aprendizado de 20 a 30 casos.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    08 Jul 2004
  • Data do Fascículo
    Jun 2004
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