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Dopplervelocimetria arterial das órbitas em portadores de anemia falciforme: relação com biomarcadores de hemólise

Resumo

Objetivo:

Investigar o estado de resistência vascular arterial orbitária por meio de dopplervelocimetria em portadores de anemia falciforme e sua relação com biomarcadores de hemólise.

Materiais e Métodos:

Dois grupos foram examinados neste estudo transversal: um grupo composto de 71 pacientes portadores de anemia falciforme, e o outro grupo, controle, formado por 32 sujeitos saudáveis, pareados por gênero e idade. Todos os participantes foram avaliados por meio de ultrassonografia Doppler das órbitas e de testes laboratoriais.

Resultados:

Todos os marcadores laboratoriais foram anormais nos portadores de anemia falciforme em comparação aos controles (p < 0,0001). A avaliação dopplervelocimétrica mostrou velocidades aumentadas na artéria oftálmica e reduzidas na artéria central da retina, bem como índices de resistência (IR) e de pulsatilidade (IP) vascular elevados em ambas as artérias no grupo anemia falciforme em relação ao grupo controle (p < 0,0001). A análise da relação entre os marcadores de hemólise e os índices IR e IP mostrou associação significativa, com moderada correlação direta entre reticulócitos e IR e IP na artéria oftálmica e forte correlação inversa entre hemoglobina e IR e IP na artéria central da retina.

Conclusão:

A resistência vascular arterial das órbitas, aferida por meio de dopplervelocimetria, é elevada em portadores de anemia falciforme, com moderada a forte correlação com os biomarcadores de hemólise.

Unitermos:
Anemia falciforme; Ultrassonografia Doppler; Órbita/irrigação sanguínea; Hemólise; Biomarcadores.

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