Resumo
Objetivo:
Descrever os principais achados ultrassonográficos da febre chikungunya no tornozelo.
Materiais e Métodos:
Estudo transversal e observacional com 52 pacientes encaminhados ao Hospital Universitário Pedro Ernesto com quadros clínico e laboratorial compatíveis com febre chikungunya. Os exames foram realizados por um radiologista com mais de 20 anos de experiência no método.
Resultados:
Houve predomínio do sexo feminino (88,5%) e média de idade dos pacientes de 58,4 anos. A maioria dos doentes (61,5%) era proveniente da zona norte da cidade do Rio de Janeiro e fazia uso de esteroides (46,2%) para o tratamento dos sintomas inflamatórios. As alterações ultrassonográficas mais comuns foram: derrame articular (69,2%), tenossinovites (59,6%), celulite (46,2%), espessamento da gordura de Kager (29,9%), miosite (sóleo e/ou flexor longo do hálux) (17,3%), bursite retrocalcânea (5,8%), roturas tendíneas (3,8%) e hiperfluxo vascular pelo Doppler de amplitude (3,8%).
Conclusão:
Predominaram os sinais ultrassonográficos de sinovite e tenossinovite numa população majoritariamente do sexo feminino e com idade média de 58,4 anos. Sugere-se a realização de outros estudos para definição do papel da ultrassonografia no acompanhamento desses doentes.
Unitermos:
Vírus chikungunya; Arbovírus; Ultrassonografia; Sinovite; Tenossinovite