Acessibilidade / Reportar erro

Contágio da crise norte-americana do subprime sobre os mercados dos BRIC e da União Europeia

RESUMO

A Teoria de Cópula foi utilizada para analisar o contágio entre BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) e mercados de ações da União Europeia com o mercado norte-americano. Os índices de mercado utilizados para o período de 01 de janeiro de 2005 a 27 de fevereiro de 2010 foram: MXBRIC (BRIC), MXEU (União Europeia) e MXUS (Estados Unidos). Avalia-se neste artigo a adequação das principais cópulas encontradas na literatura financeira usando os critérios estatísticos de log-verossimilhança, a informação Akaike e o critério de informação Bayesiana. Apresenta-se um estudo inovador na área de contágio, devido à utilização de cópulas condicionais, que permite calcular o aumento de correlação entre os índices numa abordagem não paramétrica. A cópula condicional simetrizada Joe-Clayton foi a que apresentou o melhor ajuste para os pares de retornos considerados. Os resultados indicam que há evidência do efeito de contágio em ambos os mercados, o da União Europeia e o dos países constituintes do BRIC, para um nível de significância de 5%. Além disso, há evidências de que o contágio da crise financeira nos Estados Unidos foi mais pronunciado na União Europeia do que nos mercados do BRIC para um nível de significância de 5%. Dessa forma, carteiras de ações formadas por empresas dos países do BRIC puderam oferecer maior proteção para os investidores durante a crise financeira do subprime. Esse resultado se alinha a outros estudos que mostram a crescente correlação entre mercados, especialmente em momentos de baixa.

Palavras-chave:
contágio; teoria de cópula; correlação; crise do subprime nos Estados Unidos

Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo Avenida Professor Luciano Gualberto, 908, sala F184, 05508-900 São Paulo / SP Brasil, Tel./Fax 55 11 3818-4002 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: rausp@usp.br